O senador Cássio Cunha Lima, durante solenidade de chegada das águas do Rio São Francisco à Paraíba, no município de Monteiro, saldou uma série de políticos e personalidades que considerou fundamental para a concretização da maior obra hídrica do Brasil – de Dom Pedro à Lula, mas citando Dilma Rousseff (PT) como a presidente que atrasou o andamento das obras.
“Ao império porque foi Pedro o primeiro a falar sobre a Transposição do Nordeste […] e o tempo passou e nós chegamos ao governo de Itamar Franco, que voltou a debater a transposição. Entramos no governo de Fernando Henrique Cardoso que deu os primeiros passos para os estudos iniciais dessa obra com a participação de dois paraibanos aqui presentes: o ministro e senador Cícero Lucena e o ministro Fernando Catão. Veio o presidente Lula que, com determinação e firmeza, iniciou a obra com a participação muito importante do vice-presidente José Alencar, que foi o grande artífice da obra de engenharia política que se fez necessária para o início da obra. Registrar o trabalho do ministro Ciro Gomes. Na sequência tivemos a presidente Dilma que, infelizmente, atrasou bastante por forças alheias à sua vontade, provavelmente”, comentou.
Cássio elogiou o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, e o presidente Michel Temer e alfinetou manifestantes que protestaram contra o presidente Temer minutos antes do início da solenidade, dizendo que os mesmos defendiam o “governo mais corrupto” do Brasil.
“É hora de reconhecer que fez a conclusão da obra do São Francisco. Muitos contribuíram para ela, mas é o governo do presidente Michel Temer, com sua decisão política, ao lado do ministro Helder Barbalho com o apoio da nossa bancada na Câmara e no Senado que nos permitiu viver esse momento. Ouvimos barulho lá fora, os mesmos que não conseguem compreender a importância desse momento. Os mesmos que talvez cumprindo o papel de inocentes úteis, se colocam contra a obra, contra a conquista do povo do Nordeste. Natural, democrático, saudável, mas é uma pena ver jovens levantando bandeiras no sol para defender o que no passado representou o governo mais corrupto da história desse Brasil”, concluiu.
O pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, no município de Guarabira, no Brejo paraibano, padre Adauto Tavares Gomes, chamou a atenção da população em geral e dos fieis ao fazer duras críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro. O religioso, em sua homilia dominical, chamou o chefe do Executivo de ‘imoral’ e de ‘genocida’ diante da postura que tem tomado frente a pandemia do coronavírus no Brasil.
De acordo com o padre, casos referente às aglomerações do Carnaval ainda não foram contabilizados, mas frisou o aumento diário da doença em todo o País. “Segundo a Secretária de Saúde do Estado, a leva do Carnaval ainda não chegou. Vai chegar pesado agora em março. Eu espero que não chegue a um lockdown, mas às vezes é necessário”, comentou, como o ClickPB apurou.
Além disso, reclamou do descumprimento da população na questão do isolamento social e destacou que não queria ser militar, “pois se e eu fosse militar, um ‘cabinha’ que botasse uma mesa na rua eu prendia na hora, levava para a cadeia. Vai ficar aglomerado lá na cadeia, mas no meio da rua não. Tem que respeitar”.
Nesse momento, o padre pontuou que o mundo vive a pandemia e esboçou às críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que desde o início da pandemia vem negando a existência da doença, e ignorando os riscos de contaminação. “Já basta aquele desorientado do presidente da República, que não tem moral. É um imoral. A palavra é essa. O presidente da República é um imoral. O homem que não tem moral nenhuma. É um irresponsável. É que estou com vontade de dizer outra coisa, mas não vou dizer não, que é pecado dizer a missa”, criticou.
O sacerdote afirmou que Bolsonaro não tem responsabilidade com a vida da população. Podemos dizer que é um genocida: alguém que tem o prazer de matar”, pois “sai na rua sem máscara, aglomerando”. Além disso, Adauto Tavares acrescentou que, quem vota “nele também é sem moral”.
O governador da Paraíba, João Azevêdo, desmentiu nas redes sociais os valores que foram divulgados pelo presidente Jair Bolsonaro, que seriam de repasses para o Estado em 2020. No Twitter, o presidente divulgou uma lista de repasses do Governo Federal para cada estado e a Paraíba aparece como tendo recebido R$ 21,2 bilhões, além de R$ 6,57 bilhões de auxílio, o que não procede segundo o governador.
”A Paraíba não recebeu R$ 21 bilhões para combater a pandemia”, disse o governador. ”Mais uma vez estão tentando confundir a população, distorcendo valores que incluem FPE, FPM, Auxílio Emergencial, entre outros que são obrigações constitucionais e não podem ser usados no enfrentamento à Covid-19”, completou.
João Azevêdo não foi o único a se queixar da postagem do presidente. Os governadores do Piauí, do Rio Grande do Sul e do Maranhão também reclamaram da forma que Jair Bolsonaro apresentou os números, que, misturando diversas obrigações federais, confunde a população levando a crer que todo o dinheiro poderia ser usado pelos estados no combate à pandemia.
”O presidente da República insiste em agredir a verdade para tentar atingir os governadores. Ele está postando contas malucas sobre recursos enviados aos estados, misturando com municípios, recursos de FPE, FPM, auxílio emergencial etc. Em suma, é um irresponsável”, escreveu o governador do Maranhão, Flávio Dino, nas redes sociais.
Ele afirmou que pretende processar o presidente. ”A mentira federal sobre repasse de recursos ao Estado do Maranhão é tão absurda que o valor ‘informado’ (R$ 36 bilhões) equivale quase ao DOBRO do orçamento do Estado em 2020. Vamos ter que, mais uma vez, entrar na Justiça por essa vergonhosa fake news”, escreveu Dino.