Os ônibus coletivos que operam em Campina Grande amanheceram circulando normalmente na cidade nesta quinta-feira (14). Por determinação da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (SSTP), a frota foi recolhida temporariamente na noite de ontem depois que dois ônibus da empresa Cabral foi incendiado no Pedregal e no Jenipapo.
Com medo da onda de violência que sacudiu a cidade, muitos estudantes matriculados na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), não foram estudar hoje. Algumas empresas reduziram a frota e estão circulando com a metade dos veículos. O medo e a sensação de insegurança reinam na cidade
As principais paradas de coletivos da cidade amanheceram deserta. Segundo informações veiculadas nas emissoras de rádio, as linhas 303 e 333 que circulam pelo bairro de Bodocongó, onde se encontram a UEPB e a UFCG, estavam vazias. Na noite de ontem, muitos estudantes tiveram dificuldade para voltar para casa, visto que depois das 19h30, toda a frota foi recolhida para as garagens.Os ônibus de transporte coletivo pararam de circular por volta das 20h depois da decisão tomada pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus. As falculdades particulares cancelaram as aulas. Lojas também suspenderam as atividades na quarta-feira após as ocorrências registradas na cidade durante o dia.
A violência tomou contornos inesperados na cidade. Em menos de três horas, dois ônibus foram incendiados após os bandidos promoverem terror entre os passageiros. No primeiro caso, registrado no Pedregal, quatro homens entraram no ônibus da Cabral, fizeram um arrastão e depois tocaram fogo no veículo. O fogo só foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. O veículo que transportava cerca de 40 estudantes, ficou totalmente destruído.
Horas depois, a cena se repetiu no bairro do Jenipapo. A Polícia Militar foi acionada e realizou buscas na área do distrito Jenipapo, onde aconteceu o crime, mas até o momento nenhum suspeito foi localizado. Uma garrafa com álcool foi encontrada dentro do veículo. O motorista do ônibus conseguiu conter o incêndio, mas bancos e laterais do veículo ficaram parcialmente destruídos. Não houve registro de feridos. Durante toda a noite a polícia realizou várias diligências em Campina Grande, mas até o momento ninguém foi preso.
O comandante geral da PM, coronel Eulle Chaves, que esteve na Rainha da Borborema ontem, não afastou a possibilidade dos ataques aos ônibus ter relação com a rebelião registrada no Presídio Regional do Serrotão.
PBAgora