O prefeito eleito de Araçagi, na Microrregião de Guarabira, Murílio Nunes (PSB) declarou em entrevista à Rádio Guarabira FM que abrirá mão do salário de prefeito no valor de 16 mil reais. O novo gestor disse que o dinheiro será guardado mensalmente e a população elegerá aonde o dinheiro deve ser investido através do orçamento democrático. A informação foi repassada ao PB Agora pelo jornalista Rafael San que acompanha a política no Brejo paraibano.
Outra decisão do novo gestor é a extinção de 4 secretarias, logo em janeiro. “Pelo dados que já recebi da equipe de transição é impossível administrar com uma folha de pessoal tão pesada, por isso, vamos cortar na própria carne”, destacou Murílio.
Murílio informou que vai trabalhar para pagar a folha dentro do mês. “Esse é um compromisso que assumi com o povo e não abro mão, vou pagar os funcionários até o dia 30 de cada mês”, assegurou.
De acordo com Murílio, a comissão de transição indicada para fazer os levantamentos necessários e preparar o terreno para a próxima gestão, já levantou a informação de que a folha de pagamento dos funcionários beira R$ 1,2 milhão e que o prefeito atual, Didi Braz, está pagando os salários com atraso, o que preocupa o prefeito eleito.
O prefeito eleito noticiou que solicitou uma audiência com o governador Ricardo Coutinho (PSB) e espera o apoio do Governo do Estado na recuperação do Hospital de Araçagi e no projeto de Leste/Oeste.
Murílio Nunes, eleito com 6.158 votos, ainda disse que já pediu a uma equipe técnica para fazer um mutirão de recuperação de alunos que deixaram as escolas municipais de Araçagi e foram estudar em municípios vizinhos, por falta de condições das escolas na atual gestão.
O pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, no município de Guarabira, no Brejo paraibano, padre Adauto Tavares Gomes, chamou a atenção da população em geral e dos fieis ao fazer duras críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro. O religioso, em sua homilia dominical, chamou o chefe do Executivo de ‘imoral’ e de ‘genocida’ diante da postura que tem tomado frente a pandemia do coronavírus no Brasil.
De acordo com o padre, casos referente às aglomerações do Carnaval ainda não foram contabilizados, mas frisou o aumento diário da doença em todo o País. “Segundo a Secretária de Saúde do Estado, a leva do Carnaval ainda não chegou. Vai chegar pesado agora em março. Eu espero que não chegue a um lockdown, mas às vezes é necessário”, comentou, como o ClickPB apurou.
Além disso, reclamou do descumprimento da população na questão do isolamento social e destacou que não queria ser militar, “pois se e eu fosse militar, um ‘cabinha’ que botasse uma mesa na rua eu prendia na hora, levava para a cadeia. Vai ficar aglomerado lá na cadeia, mas no meio da rua não. Tem que respeitar”.
Nesse momento, o padre pontuou que o mundo vive a pandemia e esboçou às críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que desde o início da pandemia vem negando a existência da doença, e ignorando os riscos de contaminação. “Já basta aquele desorientado do presidente da República, que não tem moral. É um imoral. A palavra é essa. O presidente da República é um imoral. O homem que não tem moral nenhuma. É um irresponsável. É que estou com vontade de dizer outra coisa, mas não vou dizer não, que é pecado dizer a missa”, criticou.
O sacerdote afirmou que Bolsonaro não tem responsabilidade com a vida da população. Podemos dizer que é um genocida: alguém que tem o prazer de matar”, pois “sai na rua sem máscara, aglomerando”. Além disso, Adauto Tavares acrescentou que, quem vota “nele também é sem moral”.
O governador da Paraíba, João Azevêdo, desmentiu nas redes sociais os valores que foram divulgados pelo presidente Jair Bolsonaro, que seriam de repasses para o Estado em 2020. No Twitter, o presidente divulgou uma lista de repasses do Governo Federal para cada estado e a Paraíba aparece como tendo recebido R$ 21,2 bilhões, além de R$ 6,57 bilhões de auxílio, o que não procede segundo o governador.
”A Paraíba não recebeu R$ 21 bilhões para combater a pandemia”, disse o governador. ”Mais uma vez estão tentando confundir a população, distorcendo valores que incluem FPE, FPM, Auxílio Emergencial, entre outros que são obrigações constitucionais e não podem ser usados no enfrentamento à Covid-19”, completou.
João Azevêdo não foi o único a se queixar da postagem do presidente. Os governadores do Piauí, do Rio Grande do Sul e do Maranhão também reclamaram da forma que Jair Bolsonaro apresentou os números, que, misturando diversas obrigações federais, confunde a população levando a crer que todo o dinheiro poderia ser usado pelos estados no combate à pandemia.
”O presidente da República insiste em agredir a verdade para tentar atingir os governadores. Ele está postando contas malucas sobre recursos enviados aos estados, misturando com municípios, recursos de FPE, FPM, auxílio emergencial etc. Em suma, é um irresponsável”, escreveu o governador do Maranhão, Flávio Dino, nas redes sociais.
Ele afirmou que pretende processar o presidente. ”A mentira federal sobre repasse de recursos ao Estado do Maranhão é tão absurda que o valor ‘informado’ (R$ 36 bilhões) equivale quase ao DOBRO do orçamento do Estado em 2020. Vamos ter que, mais uma vez, entrar na Justiça por essa vergonhosa fake news”, escreveu Dino.